Quer sangue, tripas e um nível de mau gosto digno de uma reunião de família em grupo de WhatsApp? Pois bem, “Feto Morto” está aqui para suprir sua sede de gore gratuito!
Se você acha que já viu de tudo no mundo do cinema trash, prepare-se para essa pérola do underground nacional dirigida por Fernando Rick. Esqueça roteiro, coerência ou qualquer noção de bom senso: aqui temos um desfile de absurdos e carnificina que faria um censor ter um AVC instantâneo.
A história? Ah, claro! Temos João, um pobre diabo que nasceu com um feto morto grudado na cabeça porque seu pai, num surto de criatividade incestuosa digna de um documentário policial, resolveu engravidar a própria irmã. Sim, o enredo parece ter sido rabiscado no fundo de um caderno escolar entre desenhos de pentagramas e letras de grindcore.
O filme já começa com uma gangue de desajustados satânicos perambulando pelas ruas, vestindo camisetas da Black Vomit (merchan gratuito, porque ninguém mais faria isso). No caminho, eles espancam uma mãe até a morte, transformam um bebê em purê e arrancam as bolas de um coitado só porque ele existia no mesmo espaço que eles. Depois, pra completar o bingo do mau gosto, mijam em um mendigo antes de tacar fogo nele. Tudo isso ao som de um metal caótico, provavelmente composto numa garagem cheia de latinhas de cerveja barata e desodorante vencido.
Nosso protagonista, o glorioso João Feto, apanha mais que massa de pastel até decidir que chega de ser saco de pancada. Em sua jornada de transformação, ele mata um mendigo a garrafadas, aprende uma versão tabajara de kung fu e parte para a vingança, guiado por uma versão macumbeira de si mesmo. Entre uma surra e outra, ele ainda arruma tempo para um romance com Denise V, que aparece exclusivamente para mostrar um peitinho (porque, claro, trash tem regras). O ápice da história envolve uma orgia de sangue, intestinos expostos e uma moral que nem Freud teria paciência para analisar.
O resultado final? Um delírio cinematográfico que faria até a Troma parecer filme de Oscar. A atuação dos envolvidos tem a profundidade de um comercial de varejo e os efeitos práticos são tão grotescos que beiram o hilário. Mas quem se importa? “Feto Morto” não está aqui para agradar ninguém, e é exatamente isso que o torna especial. Se você curte um lixo cinematográfico de qualidade duvidosa e tem o estômago forte, essa é uma daquelas experiências que você não vai esquecer (mesmo que queira).
O filme foi renegado até pelo próprio diretor e sua distribuição é mais duvidosa do que promessa de político em época de eleição. Mas ainda dá para encontrar no site da Bulhorgia ou em algum canto obscuro da internet. E quem sabe um dia a gente não joga essa maravilha no Brazuca Trash? Enquanto isso, assista ao trailer e tente resistir à curiosidade de ver essa patifaria cinematográfica.